Mensagem do Mestre
A transformação verdadeira é muito mais do que a simples mudança. Enquanto a mudança pressupõe um antes e um depois, a verdadeira transformação produz um vendaval tão forte que varre todo o passado. Portanto, para adentrar o “novo”, vocês também devem estar “novos”. Começar do zero, abandonando paradigmas e preconceitos. Em suma, devem abandonar o passado.
A luz prevê a sombra e a sombra prevê a luz, mas vocês, “novos”, nada preveem. Tempo após tempo, vieram e foram acertando suas arestas. Tentando convencer que vocês não precisam mais arrastar aquilo que é velho. O que os detém, aquilo que os impede de seguir o “novo”, hoje eu vim remover.
Neste momento, portanto, entrem no mar. Se vocês são audaciosos, mergulhem de uma vez. Se não, vão caminhando pela borda e se acostumando com a água. Permitam-se ir, pouco a pouco, cada vez mais fundo. Nem mesmo se preocupem com a respiração, pois vocês também são uma fração desse oceano. Entrem na grande mãe, a água grande, tão grande que comporta a todos. Vão sem medo, pois mesmo nas águas mais profundas, mais obscura, a mãe está presente.
Se existe ainda algum vestígio daquilo que os detém, é lá, no âmago da mãe, que vocês vão remover. Vocês se perguntam o que devem procurar. Eu digo para que entrem mais fundo. Se ainda estão caminhando, é porque ainda não chegaram. Continuem procurando. Procurem pela pedra onde seus pés estão atados. Sinta como a corda está cada vez mais curta. Algumas pedras serão pequenas, mas outras tão grandes que vocês poderão abraçar.
Se se sentirem corajosos, sentem-se em posição de lótus junto a pedra. Meditem com a pedra, porque ela os manteve seguros para que vocês pudessem sair a céu aberto e sempre voltar. Agora vocês vêm dizer o último adeus, pois não precisam mais de amarras. Vocês estão prontos para seguir sozinhos.
Eu pergunto: estão mesmo? Meditem sobre essa pedra. Abracem a pedra e agradeçam profundamente pelo tempo em que ela os manteve seguros. Percebam se vocês já têm coragem o suficiente para soltar essa corda. Ela está presa, debaixo da pedra. Tentem perceber se vocês ainda precisam dessa água profunda, desse lugar materno, desse útero. Percebam o que ainda os mantém ali. Alguns não conseguirão se libertar e eu não julgo. Apenas agradeçam e digam a si mesmos que permanecem enquanto é necessário.
Se vocês já têm força e coragem suficientes, então lentamente removam essa corda, tirem a corda de seus pés. Seus tornozelos estiveram tanto tempo amarrados a essa pedra, que a corda parecia parte de seus corpos. Então, agradecendo, removam essa corda. Vocês estão prontos para nascer.
Nascer para o “novo”, para uma vida que vocês idealizarão e construirão. O coração pode estar batendo acelerado, pois em vocês se mesclam a ansiedade e a alegria da independência, mas também o medo de deixar a segurança. O conhecido é morno e aconchegante. Como se aventurar, vocês pensam, se não sabem se mais à frente a água será morna, quente ou fria? Então, vocês permanecem enquanto é necessário.
Respirem profundamente. Embora suas mentes digam que estão prontos, em suas entranhas ainda se mesclam as cordas. Portanto, removam todas as cordas que mantêm seus ventres ligados ao grande útero materno. Vai ser doloroso. Saber do novo é fácil, mas vivê-lo requer coragem.
Mandela disse que todos tememos a liberdade. Muitas vezes, ser livre é ser solitário. Ser livre é dizer “não”, é dizer “pare”, é dizer “solta”, é dizer “vou”, é dizer “estou”, é dizer “fique”, é dizer “vá embora”. É dizer “Eu posso”. Vocês estarão prontos apenas quando perceberem que podem. Quando puderem dizer: “Eu posso, Eu dou conta”. Basta que estejam levando vocês mesmos, pois no caminho não terão companhia. Então, toquem seus corpos e pensem “sou só Eu”. “Disso Eu dou conta. Eu posso”. Percebam que não há nada mais: só vocês, uma corda e uma pedra.
De alguma forma, foram vocês que colocaram suas pedras ali. Foi ali onde vocês se comprometeram com o mundo dos paradigmas, da limitação humana, do social, da família e do credo. Então, agora, vocês podem fazer uma escolha. Encham o peito de ar e digam: “Eu estou pronto porque, agora, Eu verdadeiramente escolho”. Percebam que é só uma pedra e sorriam. É robusta, envolta de muita água morna, mas ainda apenas uma grande pedra. Uma pedra cuja existência vocês nem percebiam. Então estejam gratos, reconheçam o papel dela.
Foram vocês que deram existência às suas pedras, então reconheçam esse fato profundamente. Criando, vocês também alteram a realidade. Então agora, dissolvam essa pedra entre seus dedos enquanto agradecem. Coloquem suas mãos sobre o plexo solar, pois muito medo está por vir.
As pedras se foram. Resta a vocês uma corda. Vocês podem brincar de colocá-la novamente no tornozelo ou amarrá-la em seus pulsos. Vocês podem ser escravos de si mesmos, se isso os mantém seguros. Isso parece engraçado, mas vocês não parecem gostar da brincadeira. Então desatem essa corda. Desatem essa corda dos seus tornozelos, dos seus pulsos, e permitam que também essa corda vá se desfazendo em suas mãos.
As cordas foram companheiras de um outro tempo. Um tempo necessário. Um tempo de amarras, de limitações e pouca consciência. Um tempo em que muitos ouviam, poucos tinham o dom de falar e muito raros eram aqueles com sabedoria para conduzir. Um tempo em que o poder andava à frente. Então dissolvam essas cordas em suas mãos, porque vocês são livres. Essa é a maior sabedoria que eu posso transmitir, porque eu transformo, eu venho para transformar e conheço os corajosos. Eles nunca se aninham em bandos, são raros e se reconhecem na coragem. É essa coragem que vocês vieram resgatar.
Então dissolvam essas amarras e repitam: “Eu sou livre”. Vocês podem perceber que não conseguem caminhar. Ficaram rígidos, doloridos, de tanto tempo que permaneceram confortados por uma água morna. Portanto, venham, pois ainda há escudos para remover. Os escudos do poder que te colocaram no plexo, no cardíaco e principalmente no coronário. Também foram muitos na terceira visão, muitos no chacra básico e na totalidade no laríngeo.
Então, agora, amados, deem um passo e removam o escudo dos seus chacras básicos. Vocês acharam, durante todas essas meditações que seus chacras estavam livres. Mas quanto vocês puderam avançar? Vocês estão prontos para se sentirem vulneráveis em suas entranhas? Então removam esses escudos e digam: “Eu estou livre para criar… do meu jeito”.
Criar, amados, é fazer, mas vocês não podem fazer nada com os pés amarrados, com a sexualidade amarrada, constrangida por um tempo de consciência limitante. Removam agora os escudos dos seus chacras umbilicais, que os mantiveram atrelados as suas famílias originais, pois agora, neste tempo, suas famílias são cósmicas, escolhidas por vocês.
Removam, principalmente, os escudos do poder. Os poderes são frágeis. Vocês os veem se diluir por todo o planeta, entre gregos, troianos e americanos. No sutil, eu sou forte. Eu não preciso de guerras. Vocês, sozinhos, se desconstroem, porque percebem que na antiga construção não há mais amor. Aquilo que se desconstrói, amados, não está embasado no crístico, na energia do amor. Se tudo a sua volta se desconstrói, fique feliz, porque só se desconstrói o que não tem base forte. E a base forte deste tempo, amados, é a base da consciência e do amor crístico, do mais puro amor incondicional. E vocês já aprenderam o que é esse amor incondicional.
Então soltem também o cardíaco. Quanto amor limitante vocês viveram? Amores paradigmáticos, amores comprometidos, amores amados, embasados em papéis, em documentos. Então, agora que vocês têm os seus cardíacos fragilizados, abertos, não corram para amar. Corram para se amar. “Eu amo você em mim e você me ama em você”.
Removam todas essas placas do seus laríngeos, que não permitem que vocês expressem tudo aquilo que desejam. Dizer a verdade. Dizer: “você falhou”, “você me magoou”, “Eu fiz errado”, “posso ajudar a consertar”. Dizer as suas verdades, simples e cristalinas. Respirem fundo, removam as placas que os impede de ouvir e diga: “Eu sou”. Agora chorem esse “Eu sou”, porque vocês nunca souberam quem ele é. Chorem esse “Eu sou”, porque vocês não sabiam que ele existia.
Removam, agora, os escudos da terceira visão. São tantos. “Para que ver além? Para que ver através?”. Para que ver além de vocês? Para que ver além de seus escudos? Para que ver o seu âmago, para que ver a sua alma? Removam os chips e dispositivos negativos. Eu comando que sejam removidos todos os chips, todas as formas-pensamento e todos os mecanismos que os impedem de exercer a terceira visão. E finalmente, amados, destampem essas panelas de pressão. Abram seus coronários, e permitam que todas as conexões com o cosmos se restabeleceram.
Porque vocês, amados, são filhos do universo. Vocês são filhos do Omniverso. Caminhem na direção da saída desse mar. Com o poder do “Eu sou”, comando que vocês possam, nesse momento de meditação, ali na praia, perdoar tudo que precisa ser perdoado. Entre vocês e tudo aquilo que os espera lá fora.
Peçam perdão, por vocês e pelos outros. Sim! Por vocês e pelos outros, porque eu dei a vocês um cardíaco expandido e pedi para que viessem à frente. Perdoar por vocês e por muitos outros. Então perdoem todos aqueles que te magoaram, todos que usurparam, todos os que estiveram afastados do caminho crístico, do caminho do amor. Perdoem a si mesmos. Se vocês não puderem realizar esse perdão por vocês, façam por mim, façam pelos inocentes, façam pelos culpados, façam pelos errados. Pelos que merecem e pelos que não merecem.
“Quem sou Eu? Eu não julgo mais. Tudo é”. Se estiverem com vontade, deitem um pouco na praia e deixem tudo por ali: mágoa ressentimento e julgamento. Lembrem-se de que vocês estão em um novo tempo, com uma nova consciência. Repitam: “Elevar nível consciencial. Eu sou luz”.
Agradeçam esse grande mar que nos acolheu. Antes que vocês corram, terminando a meditação, preencham seus caminhos de chama rosa, porque neste novo momento o amor vai à frente. Se um dia vocês tiverem que escolher entre o amor e o mundo, escolham o amor, pois com ele vocês conquistarão o mundo.
Esse novo caminho é uma ferramenta para que vocês conquistem a prosperidade nesse novo momento cósmico. Se vocês caminharem em uníssono com o amor, a prosperidade virá. Essa é a lei. Essa é a nova lei. Então coloquem o amor a frente e deixem que ele guie, pois no sutil há força. Neste momento eu os deixo na chama rosa, por trinta dias.
Como os deixo, voltarei, para que vocês permaneçam em chama rosa. Vocês conseguem? Vocês me disseram, ali atrás, na pedra: “Eu posso”. Então eu os desafio: nos trinta dias vindouros, que vocês permitam que o amor decida por vocês, permita que o amor decida as suas ações, permita que o amor fale através de suas palavras, permita que o amor escreva nos seus papéis, permita que o amor seja a comunicação dos seus telefones, das suas conversas, dos seus diálogos. Permitam que o amor seja seus filmes, seus conteúdos. Seja seus sites, seja seus chats. Que o amor vá a frente.
Eu voltarei para que vocês me relatem os seus trinta dias de amor. O amor no trânsito, o amor no metrô, o amor na fila. Eu não estou pedindo, amados que vocês sejam tolos. O amor não é tolo, é uma ferramenta crística que deve envolver, criando um escudo.
Namastê, anjos de luz.
E que suas companhias sejam gentis e agradáveis. Eu garanto que serei uma companhia fiel e firme, suave, amorosa, acolhedora, mas com presença. Porque assim é.