Eu Sou Parte

Eu Sou Parte

Quando falo nós, vocês estão incluídos. Vocês vão na frente. Isso não significa ser escolhido ou não escolhido, significa que você escolheu vir a frente. Quem vai a frente não tem modelo. Você cria o novo modelo. Você abre o caminho. Você precisa entender que vai ter seguidores, que vai ser um líder. E precisa entender que assim terá também copiadores. Pessoas que vão te admirar e ter você como exemplo.

Então a meditação de hoje vem nesse sentido: assegurar que você se aceita como é. Você aceita ser o patinho feio, o marginal, o diferente. O patinho feio, ao longo do tempo, nós associamos com o negativo. Nem sempre o diferente é negativo. O diferente é apenas diferente.

Hoje, em particular, vamos aceitar nossa diferença, pois é ela que nos faz quem nós somos. Ela nos faz diferentes. Quem vai a frente não pode ficar esperando, pois precisa abrir caminho. Não pode esperar quem vem atrás. Há gente lá atrás que foi escolhido para empurrar, outros que foram escolhidos parar ficar no meio, incentivando no caminho, para não deixar que as pessoas desistam. Quem vai a frente precisa entender que é modelo, guia, farol. Não procure modelos, seja o modelo.

Hoje em especial, peço que vocês deixem sua mente no estado de folha de papel em branco, para que possam entender com certeza o que é ser diferente a partir do nada. Você só cria algo diferente quando não tem referências. Então, hoje vamos esquecer um pouco as referências. Vamos parar de culpar papai, mamãe e o ancestral. Vamos escolher ser diferentes. O diferente traz o diferente. O diferente ousa. O diferente tem uma coragem irreverente.

Essa coragem irreverente é necessária para uma mudança. Vamos dando boas vindas a todos, nos centrando em nós mesmos, entendendo que neste momento, precisamos estar na razão. Não na razão do material, mas na razão do adulto.

Nós estamos trabalhando há anos as emoções e elas deveriam estar harmonizadas, equalizadas. Neutralizadas. Para que você possa viver as emoções de forma equilibrada, tranquila e saudável. Permitindo que sua razão prepondere. No novo tempo, muita razão é necessária. Muita racionalidade é necessária. Não confundam a racionalidade com o materialismo.

Vamos caminhando. Deixe seus olhos fechados ou semicerrados, se preferir. Vá relaxando. Imaginando que você está na sua casa e lá um escalda-pés te espera. O escalda-pés numa banheira de hidromassagem. Permita que seus pés fiquem lá dentro e que esse sal vá puxando todas as energias densas e o cansaço da semana e da vida. Permitindo que esse sal puxe todas as energias densas, inadequadas, ancestrais, akáshicas. Vai repetindo: que vá. Veja seu coronário, permitindo que todas as formas pensamento negativas, hologramas negativos sejam drenados nesse sal dessa água.

Abra um pouco o ralo, deixando a água escorrer. Vai passando a mente para todos os pensamentos desconexos e confusos, todos os pensamentos obsessivos, todos os pensamentos de raiva e frustração, medo, dor e dúvida. Deixe tudo isso escorrer ralo abaixo. Vai passando agora por sua coluna, seus ombros, permitindo que todo o peso que você tem carregado, familiar, individual, profissional, escoe pelos seus braços. Vai descendo pela coluna e permitindo que seus rins, pulmões sejam drenados de todas as emoções negativas, repetindo: obrigado, que vá.

Perceba quanta energia você despende com todo esse lixo que não te traz nenhum novo caminho, apenas dispêndio de energia. Mais um dia se passa, mais um ano se passa e toda essa energia negativa ai parada em você, estagnando sua vida e seu progresso. Deixe seu pensamento agora passar por sua cintura e toda a parte genital, tirando todos os traumas e tristeza dessas áreas. Por suas pernas e todos os lugares por onde você não foi, não caminhou, não empreendeu. Vai deixando todas essas informações, todos esses registros negativos escorrerem água abaixo, sentindo cada vez mais leveza.

Assim que essa água e sal saem completamente da banheira, deite confortavelmente nela, deixando uma nova água morna preencher a bainheira, se sentindo aquecido, abraçado por essa água morna. Coloque o sal e banho que você quiser. Lavanda, canela… Escolha seu aroma, escolha aquilo que você precisa neste momento. Guarde bem esse aroma, ele é cítrico, doce, quente, frio? Vá permitindo que essas gotas se dissolvam na água, trazendo essa energia que você precisa para seu corpo, para suas emoções, dentro da sua necessidade. Seja energia, seja realização, calma, paz ou saúde. Relaxe. Permita que todo o seu corpo esteja imerso nessa água. Uma temperatura morna, adequada a sua vontade.

Vá pensando em todas as belezas da natureza, feche seus olhos na banheira e mentalize todas as maravilhas da natureza: o Sol, o mar, o verde, os animais, tudo aquilo que diariamente você recebe como presente. Sua vida, o céu azul. Agradeça profundamente, dizendo: como sou afortunado. Por um momento, perceba, que todos os dias o Sol está, todos os dias o Céu está, todos os dias a terra está, todos os dias o mar está. Todos os dias tudo está para você, por você e com você. Agradeça profundamente por todas essas maravilhas que você recebe todos os dias e se perdoe por todas as vezes que você não percebeu o Sol, o céu, o verde, a água, os bichinhos.

Agradeça. Isso é vida. Imagine agora que você também é parte disso. Você não é dono disso, você é parte disso. Associe-se agora às árvores, aos animais, às águas, dizendo para você mesmo que você é parte. Vá imaginando todos os seres do planeta se posicionando neste lugar de parte, mesmo os grandes líderes, as pessoas em destaque. Elas são mais uma. Eu sou parte e você é parte. Vá entendendo como o universo é abundante. Vá repetindo para você mesmo: eu estou. Estou neste universo.

Continue ali em pé, do lado de uma árvore e vai se percebendo como uma árvore, como um elemento a mais no planeta. Eu sou apenas parte. Quantos de nós dizemos meu planeta, meu país, minha casa. Tudo meu. Perceba-se só como parte agora. Uma parte quase que insignificante no meio de tantos e tantos. Essa sensação não é para ser de menos e sim de mais. Mais tranquilidade, mais paz. Menos responsabilidade. Vá percebendo quanto tempo já tudo isso se encontra aqui. Chego há 30, 40 anos e me acho dono. Dê um sorriso ao seu pequeno eu e diga: que criança você é. Imaginando que o mar é seu, que o mundo é seu, que o planeta é seu.

Toque agora o seu corpo e vai saindo de dentro da banheira lentamente, desconectando dessa matrix que te fez crer que você é o dono. Saia dessa matrix que fez você acreditar que tudo o que vive é uma verdade. Levante-se dessa banheira, pise primeiro em um tapete e vai olhando para esse reflexo na água, dizendo: você é apenas parte. Vai caminhando e se afastando dessa banheira dizendo: eu faço parte, sou apenas parte.

Agora vá para seu pequeno universo, universo de sua vida, sua casa, de tudo o que você diz que é seu. Minha casa, meus amigos, meu carro, meu computador, minha chácara, meu sítio, minha mulher. Vai dando risada desse pequeno eu que vai repetindo “meu, meu, meu”. Que vai delimitando o espaço e sua própria vida, construindo barreira, muros, limites, cercas, portões. Tire as cercas, as paredes e vai trazendo a noção de que você apenas usa tudo isso.

Quando você traz para si a noção de que tudo o que você chama de meu é do universo que disponibilizou gentilmente para você, entende que é apenas um usuário e como usuário deve saber cuidar bem para que tudo funcione e porque outro pode vir a usar. Quantas gerações antes de você usaram a mesma terra, o mesmo lugar que você hoje chama de meu lugar, meu país, minha cidade? Quantas gerações antes da sua, quantos povos antes do seu usaram esse lugar e também o chamaram de minha casa, meu território, minha nação? Repita para seu pequeno eu: que tolice. Vá se colocando na posição apenas de usuário.

Agradeça profundamente pela oportunidade de usar tudo aquilo que você cocria. Tudo aquilo a sua volta é cocriação sua. Você pensa e universo materializa, portanto, cuidado com tudo o que você pede. Nós temos o hábito de querer cuidar, possuir, apegar-se. Quanto maior é o apego, menor a liberdade.

Nós criamos várias fontes de escravidão, para que não possamos novamente ser livres. Assim, não importa quanto tempo passe, nós continuamos no escravismo. Nós somos apenas escravos diferentes. Escravos do tempo, do materialismo. Escravos da empresa. Escravos das dívidas, dos carnês.

Vai olhando para tudo isso e diga: eu sou apenas usuário. Com a consciência de que sou usuário sei que meus filhos, netos e as gerações seguintes precisarão usar essa terra, essa água, esse mesmo lugar que hoje chamo de meu. Diga: abençoo profundamente e cuido com cuidado. Pois aquele que está por vir irá se deliciar com o que eu deixar. Não é um legado consanguíneo, mas um legado de amor. Outros serão usuários. Quando você traz a noção de ser apenas um usuário, entende que isso é leve. Tudo o que eu tenho me escraviza, tudo que eu não tenho me liberta. Então libere.

Libertação egoica em luz.

Eu cuido com carinho. Isso é leve.

Agora vá olhando para seu corpo, seu eu manifesto, seu eu menor e diga: você também é parte. Eu sou apenas seu usuário. Eu cuido com carinho. Vá sentindo cada vez mais leve. Eu sou apenas usuário. Se permita conectar-se com seu eu maior.

Neste momento eu me conecto ao eu superior. Vá se conectando a esse eu superior e vá sentindo como tudo isso aqui embaixo fica tão pequeno, tão fácil. Nós insistimos em lidar com a vida com nosso eu menor. Permita-se agora o seu eu maior conduzindo. Autorize: eu permito que você conduza. Tente seguir na direção que você têm seguido e veja se seu eu superior deseja ir nessa direção ou em direção oposta. Eu me permito ser conduzido pelo meu eu maior. Eu confio ser conduzido pelo meu eu maior.

Agora só repita: materializo. Coloque foco apenas naquilo que é necessário para você. Não se preocupe se precisa de recursos materiais, de trabalho. Só diga: materializa. Conecte-se agora com sua antena intuitiva e diga: me direciona. Olha um pouco mais acima do seu eu superior e diga: manifesta. Agora, diga manifesta inclusive para as emoções que você precisa. Manifeste alegria, gratidão, amizades, tempo, sabedoria, amor. Caminhe por entre esses outros lugares que dizem que é meu. Vá caminhando nos outros meus. Imagine esse burburinho ao fundo e diga: apesar de sua grosseria, eu continuo no meu caminho. Apesar de sua baixa frequência, eu continuo no meu caminho. Eu não te dou esse poder. Eu aceito os grosseiros, os brutos, os rancorosos, os desarmônicos. Você faz parte. Você faz parte. PAZ.

Eu continuo na minha frequência. Lembrem-se de que nos novos tempos mil cairão a sua volta, dez mil a sua direita, porém tu não serás atingido, somente com seus olhos olharás. Não entre nunca na frequência do outro, siga seu caminho.

Hoje a energia é de escolha, vivemos em um tempo de escolhas, todos a sua volta têm frequências diferentes. Respeite-as e não as tente modificar. Volte para seu coração e repita: libertação da tensão em luz. Eu continuo no meu propósito. Minha ressonância continua a mesma. Manifesta. Respire fundo, solta.

Perceba a maior manifestação que você precisa neste momento, qual a frequência que você precisa neste momento para atrair o que você precisa. Se eu preciso de prosperidade, manifesto abundância, se preciso de amor, manifesto amor. Se eu preciso de acolhimento, manifesto acolhimento. Lembre-se amado, de que é você quem vai a frente. Você não veio para receber, veio para ensinar, portanto, estabeleça-se na frequência daquilo que você precisa. Uma frequência de certeza, de fé. De paz e principalmente de abundância.

A frequência de abundância é acreditar não que você terá milhares e milhões. A frequência de abundância é acreditar na abundância em cada área de sua vida. Nas amizades, nos projetos, nas manifestações, de amor. E tudo aquilo que você busca é o que você precisa manifestar, é seu grande aprendizado. Coloque-se na frequência de já ter recebido e diga: manifestado é.

Respira fundo e vá libertando todas as informações contrárias a tudo o que você intenciona e deseja. Lembre que o desejo muitas vezes é intelectual. Eu desejo conhecer o meu eu maior. Introduza para seu eu maior os desejos que você acalanta há algum tempo. Deixe que ele ria de você, dizendo: só isso? Isso é muito pouco para você. Percebam o que é muito para o eu maior. Talvez o que você almeje é muito pequeno para ele. Vá pedindo sabedoria.

Vamos voltando lentamente para o aqui e agora, sentindo-se parte, leve, adequado, amado e parte.

Eu sou parte.

Mensagem do Mestre – Agosto de 2019


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